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Quando você confere um novo jogo, tudo parece estar na mais perfeita ordem. É um conjunto de cenários, texturas, sons, inteligência artificial, física e efeitos 3D que, integrados, fazem o game funcionar.
Cada aspecto desses é desenvolvido nos mínimos detalhes, que se unem como vários motores responsáveis pelo andamento do jogo. Mas a criação desse complexo sistema não é tão comum: são muitos os games que utilizam uma produção prévia dessas ferramentas, as tais engine gráficas.
Conceituando
Também chamado de motor gráfico ou motor de jogo, o pacote é normalmente utilizado na modelagem de imagens 2D e 3D, além de trazer animações e sons padronizados.
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(Fonte da imagem: Crytek)
Utilizar um motor como a CryEngine pode gerar resultados como o da imagem acima.
Além de garantir um bom visual, ele é responsável por diversos itens da jogabilidade que são pouco percebidos pelos jogadores, como o sistema de colisão entre personagem e objetos e a inteligência artificial de inimigos ou parceiros, essenciais na composição de um bom game. Mas tudo isso levou muito tempo (e muitos jogos) para chegar ao complexo estado em que se encontram as engines hoje.
No início
A terceirização desses aspectos técnicos começou apenas como suporte gráfico, no formato de softwares de renderização criados por certas companhias, com o objetivo de processar as imagens criadas digitalmente.
A primeira engine utilizada por outras companhias foi a Freescape, da Incentive Software. Ela serviu jogos como Driller, em 1987, e Dark Side, lançado no ano seguinte. Já o termo só apareceu mesmo em meados da década de 1990, com a popularização definitiva dos FPS (jogos de tiro em primeira pessoa).
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A engine de Doom foi uma das pioneiras nos jogos de tiro em primeira pessoa.
Esse gênero estourou de vez com o lançamento do trio Quake, Doom e Wolfenstein 3D, todos na mesma década. A partir deles, vários sucessores usaram o mesmo motor de suas inspirações, mas alteravam armas, cenários, inimigos e mapas, para mostrar traços de originalidade.
Consolidação no mercado
Além disso, ter uma base para criar jogos é uma garantia de benefícios para a empresa. Entre eles, podemos destacar o corte de custos na criação do que já está disponibilizado pela engine, velocidade no lançamento e a possibilidade de transportar o game para outras plataformas mais facilmente.
Ainda há o suporte completo da empresa que criou tal motor, caso ele apresente algum problema. Se ela lançar atualizações no sistema, quem possui a licença de uso poderá também receber as melhorias livremente.
Celebridades
CryEngine
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A CryEngine busca aproximar-se com a realidade. A imagem digital é a da direita. (Fonte da imagem: MadShrimps)
Mas a consagração veio com a CryEngine 2, que originou Crysis, um jogo que foca seu potencial no realismo de seus gráficos. Em 2009, foi anunciada a versão atual do motor, a CryEngine 3. Crysis 2, marcado para o fim de março, será o primeiro game a utilizar a nova tecnologia. No vídeo abaixo, você confere um exemplo do que a Crytek foi capaz de desenvolver.
Source Engine
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Um dos jogos mais populares do Brasil, o Counter-Strike foi feito a partir da Source Engine.
A Source foi utilizada em sucessos como Counter-Strike, Left 4 Dead e Half-Life 2. A utilização do Steam para disponibilizar atualizações, a animação de faces e o bom modo online são suas características mais marcantes.
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IW Engine
Unreal Engine 3
E, se dependermos dela, estamos em boas mãos. Em uma demonstração na GDC 2011 rodando com três placas GTX 580 da NVIDIA, a nova versão mostrou-se apta a revolucionar os gráficos desta e da próxima geração.
O futuro é agora
Lançamentos apontam que os portáteis são o novo mercado. O NGP da Sony rodará jogos com a CryEngine, enquanto o iPhone o iPad possuem suporte para Unreal Engine 3, como mostra Infinity Blade.
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Feito com a Unreal Engine 3, Infinity Blade nem parece pertencer a um portátil.
Outra tendência é o mercado alternativo de engines, que é de fácil acesso, custo amigável (ou até sem custo algum) e desenvolvimento simples, porém eficiente. Um bom exemplo é a Unity 3, que em sua versão Pro sai por no máximo 4 mil dólares.
A Epic Games cobra cerca de 700 mil dólares pela licença, dependendo dos termos de uso e se o jogo terá uma ou mais plataformas. Uma versão grátis do seu kit de desenvolvimento foi disponibilizado de graça para estudo e uso, mas, se o game for vendido, a taxa deverá ser paga. Já a CryEngine também é bastante cara, mas uma versão de graça existe com o objetivo de ajudar instituições de ensino que abordam o tema.
Apelar para programadores independentes muitas vezes é a solução, pois o custo para obter a licença das grandes empresas é alto, apesar do esforço monetário ser recompensado com um bom serviço. Mesmo assim, deve-se levar em conta que nem só uma boa engine é capaz de salvar um jogo ruim.
Fonte: http://www.tecmundo.com.br/
parabéns pelo artigo, sou aluno de multimídia e me interesso muito pelo assunto. vlw
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